Wednesday, January 13, 2010

2010

Caros Amigos, Vizinhos e Associados.

Passando a virada de ano por chuvas torrenciais, tsunami de turistas, e estradas abarrotadas e destruidas, nosso balanço é extremamente positivo.
Salvo alguns pequenos arranhões, podemos concluir que em nossa primeira grande prova de fogo, a equipe toda se saiu muito bem.


Como em anos anteriores, a
ssumimos despesas e serviços que deveriam ser de responsabilidade da PMU. Entretanto, conseguimos uma contra-partida política na implantação da Zona Azul com o número de carros delimitado de acordo com o levantamento técnico (e não o número fora da realidade, como alguns ambulantes gostariam).Vamos obter outras conquistas como o apoio a fiscalização, algumas obras e serviços.

Se queremos ter uma praia limpa e organizada, é fundamental que tenhamos uma Associação de Moradores unida e com forte representação política em Ubatuba. Para tal, já estamos articulando uma aproximação com objetivo de troca de experiências com as associações vizinhas (Itamambuca e Prumirim)

Entre tantas iniciativas custosas que a AMPRAFE tomou em 2009 gostaríamos de evidenciar algumas já realizadas:

Recomposição e instalação de mais de 2000 m lineares de guias.
Pintura de aproximadamente 5000 m/lin. Mesclando Amarelo continuo e Branco pontilhado.
Colocação de 110 postes metálicos de sinalização viária.
Fixação de algo em torno de 250 placas oficias de orientação aos motoristas.
Concretagem de 550 m2 da Alameda 03 (viabilizando o trabalho da Zona Azul)
Aquisição de um sistema dosador de cloro para a purificação de nossa água.
Manutenção e concerto da via de acesso principal.
Reposicionamento do Portão, na via de servidão a praia.
Padronização de nossas lixeiras.
Aumento de efetivo de funcionários.
Uniformização e equipamento para comunicação de toda equipe.



Sem contar é claro com ações judiciais internas, que consomem desnecessariamente os recursos e o tempo da Associação.
Embora 2009 tenha sido um ano de muito trabalho e aprendizado, a Nova Diretoria inicia 2010 com muito entusiasmo, motivada principalmente pelas
manifestações de apoio da grande maioria dos associados, refletindo na baixa inadimplência atual.

Aproveitando este comunicado, julgamos importante ressaltar que em todo litoral tem ocorrido movimentos, direcionados a melhora das praias.
Grande parte destas ações vem sendo pilotada por Associações de Bairros, em conquistas com leis mais rígidas, retirando as cadeiras que loteavam
as praias pelos ambulante, limitando o numero de veículos com acesso aos estacionamentos na orla (caso da Prainha no Rio e Iporanga e São Pedro no Guarujá), padronizando as barracas e apertando a fiscalização e proibindo diversos produtos inapropriados de serem comercializados na praia (iniciativa louvável da Prefeitura do Rio)
Resumindo: Unidos e fortes podemos mudar definitivamente o rumo de nossa Praia.
Para quem tiver a curiosidade e tempo, leia a matéria que anexamos no blog da associação., publicada no Estadão dia 08 de janeiro sobre Iporanga no Guarujá, vale a pena.

Do mais um ótimo ano de 2010 saúde, e sorte a todos.
Nova Diretoria.

materia publicada no "O Estado de SP" 8-01-2010

Veranistas se unem para preservar a Praia de Iporanga, no Guarujá

Ações incluem reciclagem de lixo e plantio de espécies originárias da Mata Atlântica


A Praia de Iporanga, no Guarujá, litoral sul de São Paulo, é uma enseada tranquila no meio da Serra do Guararu, em uma área preservada da mata atlântica. “Aqui estamos na natureza, em um ambiente agradável e calmo, onde há até trilhas”, diz a consultora paulistana Valéria Pierieri, que tem uma casa de veraneio na região há 5 anos. “Precisamos fazer de tudo para conservar e respeitar esse local, para que ele continue um paraíso.”

Com essa motivação, ela e os outros 370 proprietários de casas num loteamento que abrange as Praias de Iporanga, São Pedro e das Conchas investem em ações de preservação ambiental para impedir que a fauna e a flora sofram com interferências humanas. “É preciso ter consciência de que temos delimitar nossas atitudes para não perder esse lugar”, diz a advogada Elisa Cury, de Ribeirão Preto, que também tem um terreno em Iporanga.

Os proprietários das casas de veraneio (que chegam a custar mais de R$ 20 milhões) têm iniciativas de reciclagem de lixo, reflorestamento e recuperação de mangues. Desde 2007, eles financiam, por meio da Associação dos Proprietários do Iporanga (Sasip), o replantio de árvores de palmito juçara na mata atlântica. As sementes são jogadas de um helicóptero.

No ano passado, foram espalhados cerca de 660 quilos de sementes dessa forma.

Com o plantio de mudas e o combate às ações de degradação, a Sasip também recuperou um mangue próximo da praia. “Quando cheguei aqui, esse lugar estava cheio de areia e sem animais”, conta o administrador Roberto Nagy, superintendente geral da Sasip há 6 anos. “Depois que começamos a nos preocupar mais com a preservação do meio ambiente,

Conseguimos revitalizar o mangue. Hoje, há garças e outros bichos morando na área recuperada. ”A associação ainda administra dois viveiros que comportam até 15 mil mudas de 50 espécies nativas. “Doamos essas árvores para proprietários plantarem em suas casas ou as usamos no reflorestamento da mata atlântica”, conta o biólogo Ronaldo Justo, gerente de Meio Ambiente da Sasip. Ainda ajuda na preservação o fato de que a maioria dos proprietários respeita as leis ambientais e só constrói em 30% dos terrenos. O restante deve integrar a mata atlântica.

“Garantimos que essa regra seja seguida e tentamos convencer os veranistas a também só plantar espécies nativasde árvores e plantas em seus quintais”, conta Justo. “Só há alguns mais antigos, que levantaram suas residências quando não havia fiscalização, que precisam se adequar à lei.”

Também cabe à Sasip o tratamento de esgoto e água das casas da região (há duas estações destinadas a esse trabalho), além de realizar a coleta seletiva do lixo com dois caminhões – resíduos tidos como perigosos, como baterias e pilhas, são retirados e reciclados por uma empresa contratada para esse serviço. Para investir nessas ações ambientais, a associação utiliza parte da verba de R$ 1 milhão arrecada mensalmente com o condomínio de cerca de R$ 2 mil pago pelos veranistas do loteamento.

Ações externas

Além de atuar dentro de Iporanga, a Sasip interfere no entorno da praia. “Não adianta cuidar do meio ambiente se chega um turista e joga lixo na areia, se um morador das comunidades das redondezas depreda a mata atlântica ou se o caseiro não sabe que precisa separar o lixo reciclável do orgânico”, diz o superintendente Nagy.

São promovidos, por exemplo, passeios pela natureza com alunos de escolas, mutirões de limpeza na estrada na frente do loteamento – onde também são colocados latões de coleta seletiva de lixo– e palestras sobre preservação ambiental para caiçaras e funcionários das casas de veraneio. E com o dinheiro dos veranistas foi construída e organizada uma cooperativa de coleta de lixo reciclável que é administrada por moradores das redondezas.

O lucro vai para o bolso dos caiçaras. A Sasip ainda regula o acesso às Praias de Iporanga, São Pedro e das Conchas, que é público, aos visitantes. Só podem entrar 180 carros de turistas na região. “Aprovo esse limite”, afirma a psicóloga paulistana Karina Lopes Camargo, que ontem foi com a família passar o dia em Iporanga. “Se lotar demais, terá gente jogando lixo na praia e na mata e a natureza será destruída.”